terça-feira, 7 de julho de 2009

Ipês do cerrado


















Umidade pouca no ar campestre 

Árvores secas, ipês se despem

Esta é a paisagem do nosso cerrado

Cercado de águas emendadas

De nascentes, cachoeiras,

Encadeados pelo mais belo pôr-do-sol e luar

Que em outro lugar não há.

E temos ainda muitas sucupiras

Pequizeiros e Jatobás

Que com força e resistência da natureza

Estão sempre a desabrochar

Na primavera os ipês florescem em meio ao campo não plantado

E traz uma magia e fascínio

Uma dádiva da natureza

Ao nosso encantado cerrado.

Flores de vida pequena no meio da seca, de tanta aridez

Em outubro cai a chuva novamente

Nos planaltos e planícies

Reavivam o verde-louro do capim dourado

E amanhecemos com o canto da Juriti, do sabiá e bem-ti-vi

E é assim também nossas vidas

Amores que explodem

Mas que são curtos...

E se vão deixando lembranças

Momentos inesquecíveis

Paixões que foram flores, amarelas, roxas, lilás

No cerrado dos nossos corações

No imenso vazio da saudade.
 (Tirei esta foto em frente ao Senac - Taguatinga)











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