sábado, 20 de fevereiro de 2010

quinta crônica - CAMINHO EM DESALENTO


Não sou apenas personagem da minha história. A minha sensibilidade vai além de querer entender os mais profundos mistérios do ser humano: o amor, a dor, desencontros –pedras que aos poucos tecem a trama de nossas vidas. E é preciso enfrentar estas pedrinhas que nos desafiam todos os dias, para que não se transformem em paredões amanhã. Em cada caminho percorrido, entre as memórias e os novos acontecimentos, vou descobrindo uma nova maneira de olhar o que me cerca e busco inspiração para refletir sobre minha própria história. Descubro que o amor desiludido, deixa opaco a beleza da existência mais essencial nos acontecimentos comuns da vida.
Às vezes, escrevo como se quisesse dar um grito angustiado, noutras, leveza da serenidade, registro vivências...dos momentos que acontecem na minha vida. E vou colocando do meu jeito, pedaços de mim, com dores e dissabores. E se detalhar os paralelos reais dos acontecimentos, tudo se tornará melancólico, doloroso...como muitas vezes somos, únicos na nossa essência e jeito de amar.
E vou recordando memórias de sonhos vividos...brilho no olhar de um amor trilhado com pedras que causaram dor, ressentimentos...caminhos desencontrados.
E ao mesmo tempo...almas que se entendem, se completam. Contemplo o universo dos meus sentimentos perplexos, só vejo fragmentos refletidos em meu rosto. Viro a página, sou a personagem principal desta cena. Uma sonhadora, presa as amarras do tempo. Universo paralelo ao teu.
Entre realidade e sonhos, também descubro o mistério dos caminhos percorridos e dos que estão por vir, e vou fazendo da vida um riso qualquer, alegrias momentâneas, e assim procuro cicatrizar as feridas e seus danos, e seguir sem medo de ser feliz – a voz – a VOZ DO CORAÇÃO!

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