terça-feira, 7 de julho de 2009

Desprezo e ingratidão

Vivemos num silêncio que sufoca
Que machuca, que dói,
Que busca o completo
No inacbado...e sente o arrepio,
Nas noites frias de inverno.
Nosso tempo se torna perdido
No vazio que somos nós
Das muralhas que contruímos...
não podemos deixar que
Os valores morram dentro de nós
Pelo desprezo e ingratidão...
De tudo que fomos
Do nada que ainda resta
Da nossa união

Juras de amor eterno

São muitas as tempestades que tentam apagar
O fogo que incendeia nossa paixão
E vamos vivendo nosso dias...
Momentos dourados como o sol de verãoAmor de promessas de eternos juramentos
E vou procurando deixar
Que as feridas inconseqüentes
Sejam cicatrizadas com
Os novos acontecimentos
Da nossa existência.
Sei que os fatos marcaram ao fundo
Abalando minha alma
Mas sei também que
Cada uma destas cicatrizes, suspeitas
Talvez infundadas...verdades?Mentiras?
Coloca-nos em provações

E acabo tendo certeza
Que o amor necessita
Todos os dias de aprendizado
A viver com as cicatrizes
E se libertar do silêncio
Que sufoca, que machuca
E quebrar as muralhas
Do que ainda pode ser
O que resta de Nós dois.

Ipês do cerrado


















Umidade pouca no ar campestre 

Árvores secas, ipês se despem

Esta é a paisagem do nosso cerrado

Cercado de águas emendadas

De nascentes, cachoeiras,

Encadeados pelo mais belo pôr-do-sol e luar

Que em outro lugar não há.

E temos ainda muitas sucupiras

Pequizeiros e Jatobás

Que com força e resistência da natureza

Estão sempre a desabrochar

Na primavera os ipês florescem em meio ao campo não plantado

E traz uma magia e fascínio

Uma dádiva da natureza

Ao nosso encantado cerrado.

Flores de vida pequena no meio da seca, de tanta aridez

Em outubro cai a chuva novamente

Nos planaltos e planícies

Reavivam o verde-louro do capim dourado

E amanhecemos com o canto da Juriti, do sabiá e bem-ti-vi

E é assim também nossas vidas

Amores que explodem

Mas que são curtos...

E se vão deixando lembranças

Momentos inesquecíveis

Paixões que foram flores, amarelas, roxas, lilás

No cerrado dos nossos corações

No imenso vazio da saudade.
 (Tirei esta foto em frente ao Senac - Taguatinga)