terça-feira, 4 de junho de 2019

Feira da troca Olhos dágua Go


"No centro da pequena cidade de Olhos D’água, a 100km de Brasília, uma igreja e uma praça. Ao redor, barracas com os mais ricos tipos de artesanatos, que, duas vezes por ano, tomam conta das ruas do pequeno vilarejo de 2.500 habitantes. A Feira do Troca vem resgatando, desde 1974, os fazeres tradicionais da população nativa e criou um canal de escoamento para a produção artesanal.


  O começo

“Foi muito gratificante para nós ajudarmos esse povo e ver o que a Feira do Troca se tornou hoje".
 Assim Armando Faria Neves, 82 anos, fundador da feira, ao lado da mulher, Laís Aderne, que faleceu em 2007, define o sentimento ao ver Olhos D’Água fazendo sucesso como uma das maiores feiras do tipo em Goiás.

Laís Aderne e Armando se casaram em Portugal, quando Laís estudava na Europa. Em 1966, voltaram para o Brasil e moraram no Rio de Janeiro, quando a artista plástica foi convidada para ser professora da Universidade de Brasília (UnB) e liderar o Instituto de Artes (IDA) da instituição, e os dois caíram de paraquedas na capital. Armando, um cidadão português com formação em letras e filosofia, logo foi convidado para ser professor também.

Foi por meio de um anúncio de jornal que Armando viu uma chácara à venda em Olhos D’água. Como não sabia o que a palavra significava, ligou para o corretor perguntando que termo era esse. “Ele (o corretor) ficou insistindo para eu comprar e foi bater lá no Hotel Nacional, onde nós estávamos morando. Eu não tinha dinheiro e fui me irritando com aquela situação. Acabei respondendo para  ele: ‘Eu não tenho dinheiro, o senhor deve estar querendo que eu pague de pingado’, ele deu um pulo e aceitou. Assim, fomos parar em Olhos D’água”.


 Ao chegarem à cidade, Armando conta que ficaram “chocados” com a pobreza no local. Segundo ele, a comunidade “não conhecia civilização”, era um mundo esquecido. Muitas pessoas não desfrutavam de utensílios básicos, como mudas de roupas, sapatos, cama, louças, comiam em cuias e com as mãos. “Quando chegávamos, fechavam as janelas e iam abrindo aos poucos meio desconfiados com a gente. Queríamos ajudar de alguma forma, não com esmola, porque isso não dá dignidade a ninguém”, recorda o professor.

Como a comunidade tinha uma relação com a troca, quando um agricultor, por exemplo, plantava feijão e o vizinho arroz, eles trocavam a mercadoria. O casal, de forma experimental, decidiu implementar o câmbio como uma forma de adquirirem as coisas, além de valorizar o artesanato local passado de pai para filho.


 Armando e Laís recolheram então coisas do pessoal de Brasília, como roupas, sapatos, colchão, etc. E levaram para Olhos D’água. Com uma tenda estendida na praça, começaram com a troca aos avessos. Os utensílios eram deixados expostos e, aos poucos, os moradores foram chegando com objetos simples querendo fazer a troca. “Eles viam algo que achavam interessante e traziam as coisinhas que tinham em casa, como boneca de palha, cabaça, produto de tecelagem. Assim começou a Feira do Troca”. Aos poucos, mais pessoas tiveram acesso aos artesanatos feitos pelos moradores do vilarejo e passaram a querer visitar a cidade.

Vendo que o negócio dava resultado, em dezembro de 1974, o casal lançou a primeira edição da Feira do Troca de Olhos D’água. Hoje, muita coisa mudou, a troca foi substituída pela venda, os mais tradicionais ainda aceitam trocar seus artesanatos por objetos, mas dão muito mais valor ao que produzem"

Coereio Braziliense 01/06/2019


Interessante demais  a feira, estive pela primeira vez este ano, apesar de saber sua existência há anos pela minha irmã Mércia Bomfim, frequentadora assídua. o costume tradicional da troca, ou como diz eles escambo,  foi vivenciado por mim nos produtos que vem do campo feijao, abobora, bananas, etc...que para obte-los tive que trocar por roupas que levei.
Realmente uma feira riquíssima em cultura que nos faz viver um passado muito significativo,  que com certeza nos surpreende com tanta qualidade, durabilidade,
A tradicional feira está na sua 92 edição, isso mesmo. por ali passou aproximadamente umas dez mil pessoas. a troca ja nao existe na mesma intensidade, muitos produtos sao comercializados pelo dinheiro, mas é um evento turístico imperdivel, com escambo, venda de produtos locais, artesanatos, bazar, agenda cultural rica e diversificada para todos os gostos atrações que preservam a identidade daquele lugar.





Sgundo depoimento no correio Brazileinse uma das mais antiga moradora da cidade é conhecida entre todos como Dona Nega e, pela primeira vez, este ano, 2019, desde a criação da Feira do Troca, ela não vai expor. “Vou só passear desta vez. Tudo o que eu fiz, já está trocado”, argumenta. A artesã produzia bonecas de pano feitas com algodão e retalho, confeccionadas exatamente dentro dos costumes mais tradicionais. Cada bonequinha é única e com detalhes diferenciados.

 “O artesanato era desvalorizado, a gente não dava muito valor às nossas coisas. Quando trocava, a gente ria e achava que o povo da cidade era bobo, trocando aquelas roupas boas pelas nossas coisas simples. Eu achava que a roupa valia muito mais”, recorda Dona Nega.

 Emocionada, ela relata como foi quando a feira começou na cidade. “Não tinha roupa e calçado aqui, muito menos dinheiro. Então, tudo era trocado mesmo. Só chegava coisa nova para gente. Era bom demais, dava para pegar também panela, ferro de passar, chaleira, de tudo”. Segundo Dona Nega, eram duas festas, pois após o evento, ainda tinha a troca entre os vizinhos. “A gente aceitava tudo no troca. Se pegava uma roupa que não servia, negociava de novo com os vizinhos. Era muito bom. Era outra festa depois da outra.”


 “A família toda era vestida com roupas do troca. Teve uma missa em que todos estavam muito chiques e bonitos. Foi engraçado, porque era tudo do troca”, completa a artesã. Dona Nega conta que, em uma edição, o pai dela conseguiu um terno tão bom que quis guardar para quando fosse velado. “E usou!”, destaca.



 De pratos decorativos à Frida Kahlo, santinhos a mulheres nuas, Hilda Freire transforma o barro bruto, em peças de extrema delicadeza. A artesã começou como aprendiz fazendo esculturas de palha ajudando em um outro ateliê, mas tinha o sonho de participar da Feira do Troca com seu próprio trabalho. Determinada, decidiu que aprenderia a mexer com barro. “Foi muito foi difícil. Eu tive que aprender sozinha”, revela. E la está ela, na feira com a riqueza do seu trabalho.

Correio Brasiliense 01/06/2019


O POVOADO OLHOS D'ÁGUA

Na entrada de Olhos d'água já somos recepcionados por esta casa de enchimento, riqueza cultura de café todo decorado com antiguidades, historias, e simplicidade.




Seguido rumo a  feira...pelos caminhos casas que mantem a originalidade de sua construção. observei que sao reformadas por dentro mas procuraram amnter as portas e janelas tradicionais.




Afeira acontece no pé da Igreja Matriz, num local espaços, as pessoas se aglomeram com suas mercadorias.











E que riqueza de cultura  encontrarás neste lugar...















Criatividades com RECICLAGEM, sapatos, lampadas, etc...





candeeiros com material reciclado






cadeira totalmente artesanal com objetos reciclados desde enxadão, madeiras antigas..etc...




arte recilcada



E os fluidos ressoam ao vento....








O barro se faz presente em diversas artes



as bonecas de pano ganham criatividades que encantam nosso olhar
































As plantas e flores  também ganham destaque são varias espécies de suculentas em vasos criativos, orquídeas, cactos, etc..















E com este ceu lindo abencoado por Deus tradicionalmente em junho e dezembro há 92 anos esta feira acontece no pequeno povoado de Olhos dágua...










Nossa familia marcou presença., apresentamos uma arte diferente...foi uma experiencia...vaoltaremos nas proxima,s viemos nos apresentar...conquistar um espaço para quem sabe um dia sermos lembrados pela participação desta feira quase centenária...







 




















nos instalamos na maravilhosa pousada Menina dos Olhos

amanhecer com uma café da manha...goiano




























a turistica olhos dagua